Já entrou setembro, a boa nova está nos campos e jardins. Porém, junto com essa nova estação que se inicia, os pólens de gramíneas e árvores que se dispersam e as alterações de temperatura fazem ressurgir as alergias e algumas viroses. Dentre os quadros mais comuns estão as rinites, conjuntivites, asma e a varicela (catapora).
Além de deixar os ambientes limpos, arejados e livres de ácaros, precisamos estar atentos à vacinação. Ao contrário das doenças citadas anteriormente, a varicela não é alérgica. Ela é causada por um vírus, o varicela-zóster, e é muito contagiosa. O risco de transmissão da catapora só acaba quando todas as lesões de pele estão na fase da crosta. Ela é transmitida por contato direto com as vesículas ou com secreções respiratórias ou com objetos contaminados.
Como suspeitar se é catapora?
- Após o contato com uma pessoa doente entre 10 e 21 dias (média 14 dias);
- Pele avermelhada (exantema) que evolui para pequenas pápulas e vesículas pruriginosas (bolhas que coçam muito), predominante no tronco, podendo acometer couro cabeludo, órgãos genitais, conjuntiva e membros.
Tratamento
O tratamento da catapora se dá por meio de medicações que aliviam os sintomas da doença, como antitérmicos e analgésicos. Os pais devem seguir as instruções do pediatra e, dentre elas, está a restrição ao uso do ácido acetilsalicílico (AAS). É recomendado que se evite coçar e tirar as crostas para não deixar cicatrizes. Para aliviar a coceira, compressas de água e banhos frios ajudam. Em alguns casos pode haver complicações como infecções secundárias das lesões, podendo fazer necessário o uso de antibióticos.
Em pessoas que o sistema imunológico é competente, a doença evolui bem, porém em imunocomprometidos ela pode evoluir para um quadro grave. Vale ressaltar que a criança não vacinada que teve contato com outra infectada ou com suspeita da doença não deve ir à escola, shoppings e parques, a fim de evitar maior contágio, já que a catapora começa a ser transmitida dois dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Também é muito importante evitar o contato do paciente infectado com pessoas que estejam com algum problema de imunidade.
Prevenção
A melhor forma de se prevenir da doença é tomar a vacina contra o vírus. A vacina da catapora faz parte do Calendário Nacional de Imunização, portanto está disponível na rede pública para todas as crianças em duas doses: aos 15 meses de idade e aos quatro anos. Já na rede privada ela está disponível a partir dos 12 meses de idade, sendo a segunda dose aos 15 meses. Ela pode ser aplicada separadamente ou em associação com a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Quando está associada, se chama tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Está indicada para adolescentes não vacinados, em duas doses, e em adultos que não tiveram a doença.
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