Vacina contra a doença é indicada para todas as pessoas que sofreram acidentes com animais infectados e para as que estão em risco permanente à doença.
A raiva é uma encefalite viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus com letalidade de aproximadamente 100%, segundo o Ministério da Saúde. O que muitos não sabem é que humanos também podem contrair a doença, que é transmitida através da saliva de qualquer mamífero infectado, como cães, gatos, morcegos, etc, por meio de mordidas, arranhões ou até lambidas. Saiba mais sobre a doença e suas formas de prevenção.
Ainda conforme o Ministério, a raiva acomete o sistema nervoso central causando inflamação e inchaço no cérebro, podendo levar a óbito. Apesar disso os sintomas costumam aparecer por volta de 45 dias após o contato, período de incubação do vírus. Os mais comuns são mal-estar geral; pequeno aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta e irritabilidade, podendo ainda ocorrer linfadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos próximos ao local da mordedura e alterações de comportamento.
Por ser uma doença quase sempre fatal, o Ministério da Saúde orienta como principal forma de prevenção a vacinação pré ou pós exposição. Caso a doença realmente se instale, o ideal é o seguir o protocolo de tratamento da raiva humana criado pela instituição, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.
A vacina é produzida a partir de vírus inativados (mortos), portanto não tem como causar a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e é “recomendada a todas as pessoas que sofreram acidentes com animais (mordeduras ou lambeduras) que representem risco para a doença”. Pessoas que estão em risco permanente à doença também podem receber o imunizante, como profissionais que lidam e que se expõem a animais e ao vírus e turistas com destino a áreas de risco.
Ainda conforme a SBIm, na pré-exposição são indicadas três doses, com intervalos de 7 e 21 ou 28 dias após a primeira aplicação. Já quando aplicadas após o contato com o animal infectado, orienta-se quatro doses, sendo que “a recomendação depende da situação do animal e do tipo e local do ferimento ou lambedura”. A Sociedade ainda destaca que “em alguns casos pode ser necessário o uso de soro ou imunoglobulinas antirrábicos, que só estão disponíveis no serviço público de saúde”.
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