O sarampo é uma doença infecciosa aguda, grave e altamente contagiosa. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através de gotículas da boca, nariz ou garganta de pessoas infectadas com o vírus causador da doença.
Entre os sintomas mais comuns estão a febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite, sensibilidade à luz (fotofobia) e pequenas manchas brancas dentro da boca. Mas o sarampo pode evoluir com complicações graves, como a encefalite (inflamação do cérebro), quadros neurológicos, pneumonia, chegando até mesmo ao risco de morte.
O sarampo é especialmente perigoso para crianças menores de 5 anos de idade, em especial aquelas que sofrem com a desnutrição. No entanto, a doença pode atingir pessoas de todas as idades, e representa perigo também a pessoas adultas com algum problema de imunidade, como pessoas transplantadas, em tratamento de quimioterapia, as que convivem com o vírus do HIV ou ainda gestantes.
É fundamental lembrar que a única forma conhecida de prevenção ao sarampo é a vacinação.
Por que vacinar contra o sarampo?
O sarampo foi, até a década de 1970, uma das principais causas de mortalidade infantil. Segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), antes da introdução da vacina contra a doença, em 1963, e da ampla vacinação da população, epidemias de sarampo chegaram a causar aproximadamente 2,6 milhões de mortes ao ano. Dessa forma, é fácil compreender o papel central da vacina no combate à mortalidade infantil.
A imunização é feita através da vacina Tríplice viral ( sarampo, caxumba, rubéola) ou tetra viral, que imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, visando interromper a circulação do vírus e minimizar os impactos das doenças na população, tanto no sistema hospitalar, quanto nos sintomas e número de mortes. Nas campanhas de vacinação, são imunizados anualmente trabalhadores da saúde e crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade.
Em 2016 e 2017, o Brasil contava com a certificação de país livre do sarampo, conferido pela Organização Panamericana de Saúde. No entanto, a partir de 2018, o Brasil passa a registrar um avanço da doença no território nacional. O Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022, indica que desde 2018 mais de 40 mil casos de sarampo e 40 mortes foram registradas no Brasil.
Por que o sarampo voltou a circular no Brasil?
O vírus ainda circula amplamente em várias regiões do mundo, em especial na Europa. Em um mundo globalizado, é comum que diferentes vírus sejam importados e se propaguem. Além disso, é importante ressaltar que a baixa taxa de cobertura vacinal da população brasileira contribuiu para que os números de casos voltassem a subir.
Segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o índice de cobertura vacinal despencou de 86,2% em 2017, para apenas 50,1% em 2021 com as duas doses da tríplice-viral. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde, é uma taxa de 95% da população completamente imunizada.
Tal queda se deve a alguns fatores: 1) o relaxamento diante do desaparecimento das doenças; 2) a divulgação de fake news por parte de grupos antivacinas; e, mais recentemente, 3) o isolamento e preocupação com a pandemia de COVID-19, onde se negligenciou o combate a outras doenças.
Dessa forma, ressaltamos a importância de manter todas as suas vacinas sempre em dia, protegendo a sua família. A Immunize pode te ajudar! Entre em contato.