A varíola dos macacos é uma zoonose viral (doença em que o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. Ela também é transmitida entre humanos.
O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. Sexo oral, anal e vaginal ou tocar os órgãos genitais (pênis, testículos, lábios e vagina) ou ânus (bumbum) de uma pessoa com varíola dos macacos são formas de contágio. Abraçar, massagear e beijar. Contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
Sintomas:
- As pessoas com varíola do macaco têm uma erupção cutânea que pode estar localizada nos genitais (pênis, testículos, lábios e vagina) ou no ânus (bumbum) e pode estar em outras áreas, como mãos, pés, peito, rosto ou boca. A erupção pode inicialmente parecer espinhas ou bolhas e pode ser dolorosa ou com coceira. Outros sintomas que podem ocorrer são:
- Febre
- Arrepios
- Linfonodos (gânglios) inchados
- Exaustão
- Dores musculares e dores nas costas
- Dor de cabeça
- Sintomas respiratórios (por exemplo, dor de garganta, congestão nasal ou tosse)
Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.
Vacinas
A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos e a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980. No momento, a vacinação está sendo indicada para pessoas próximas à pacientes confirmados e aos profissionais de saúde.
A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.
Duração da doença
A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas. Os sintomas da doença geralmente começam dentro de 3 semanas após a exposição ao vírus. Monkeypox pode se espalhar desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção tenha cicatrizado, todas as crostas caírem e uma nova camada de pele se formar. Uma pessoa grávida pode espalhar o vírus para o feto através da placenta.
Animais infectados
Também é possível que as pessoas peguem varíola de animais infectados, seja arranhando ou mordida pelo animal ou preparando ou comendo carne ou usando produtos de um animal infectado.
Tratamento
Não há tratamento específico para a varíola dos macacos. Como os vírus que causam a varíola e a Monkeypox estão intimamente relacionados, medicamentos e vacinas desenvolvidos para tratar e proteger contra a varíola podem ser eficazes para esta doença. No entanto, o tipo de tratamento para uma pessoa com varíola dos macacos dependerá de quão doente alguém fica ou se é provável que fique gravemente doente. A maioria das pessoas com varíola dos macacos se recuperam totalmente dentro de 2 a 4 semanas sem a necessidade de tratamento médico. Se você tiver algum sintoma, procure um médico. Ele irá saber o que fazer para você e sua família.