O palivizumabe é um medicamento biotecnológico utilizado para prevenir a infecção pelo vírus sincicial respiratório (RSV, na sigla em inglês) em crianças e recém-nascidos com alto risco de desenvolver uma forma grave da doença. Ele é administrado por via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM).
O RSV é uma das principais causas de infecções respiratórias agudas em crianças, especialmente em bebês. A infecção pode ser grave e causar problemas respiratórios, como bronquiolite e pneumonia, podendo levar a hospitalização.
O medicamento será indicado nos primeiros seis meses de vida para bebês nascidos com menos de 32 semanas de gestação e, nos primeiros dois anos de vida, para aqueles com doenças cardíacas e/ou pulmonares, independentemente de sua idade gestacional. Além disso, é importante saber que a prevenção está disponível gratuitamente na rede pública ou na rede privada, por meio de todas as operadoras de saúde, para bebês nascidos com menos de 28 semanas e 6 dias e portadores de doenças cardíacas e/ou pulmonares, conforme as recomendações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Ele será administrado como uma injeção mensal durante a temporada de infecções pelo RSV. A dosagem e a duração do tratamento são determinadas pelo médico, considerando a idade, o peso e o histórico médico da criança. No entanto, é importante ressaltar que o Palivizumabe não é uma vacina, mas sim uma imunoglobulina, ou seja, um anticorpo “pronto” que proporciona imunidade temporária contra o VSR. A proteção oferecida pelo Palivizumabe dura até 30 dias, justificando as recomendações de doses mensais durante os cinco meses de circulação do vírus, que variam de região para região. O Palivizumabe é considerado seguro e eficaz na prevenção da infecção pelo RSV em crianças de alto risco, mas como todos os medicamentos, pode causar efeitos colaterais em alguns pacientes, como reações alérgicas, febre e dor no local da injeção. Por isso, é importante discutir os riscos e benefícios do medicamento com o médico antes de iniciar o tratamento.
